sábado, 28 de junho de 2014

Dalí


Salvador Dalí. Pintor, fotógrafo, desenhista, cineasta e provavelmente mais alguma coisa que eu esqueci. O surrealismo de Dalí marcou a primeira metade do século XX e um pouco mais. De seus quadros respingava loucura e beleza, era com detalhista maestria que ele montava sua bagunça, e suas formas sem sentido vinham carregadas de significado. Qualquer criança deve ter sido superficialmente apresentada a Salvador Dalí nas aulas de artes da escola, mas nada se compara a estar diante do legado do artista. 


No Centro do Rio de Janeiro, no período em que escrevo, há uma exposição de obras de Salvador Dalí, e lá pude estar diante de suas pinceladas, pude olhar para sua assinatura a apenas quarenta centímetros dos meus olhos, pude estar diante das telas em frente às quais Dalí liberou toda a excentricidade de sua alma.
A obra de Dalí é como uma fotografia de sonhos, com suas sombras compridas, seus fundos infinitos, seus mares mecânicos e suas formas nitidamente embaçadas.

Sua fotografia não fica abaixo, recheada de loucura e genialidade. Naquelas em que o próprio Dalí exibia sua aparente falta de timidez, pode-se ver o próprio artista parecendo uma de suas obras. Louco, excêntrico.
Louco?
Talvez ele tenha entendido a forma mais proveitosa de se viver. Pôs um pouco de sua confusa (ou clara) alma em cada tela, em cada gravura revelada, em cada quadro de seus filmes, foi transparente como qualquer artista ao passo que ainda deixa muito incompreendido nas cavernas profundas de sua mente, teve uma única musa a vida toda: sua amada Gala. Talvez os loucos sejamos nós, que nos entregamos ao ciclo dos dias, ao ciclo da vida, vivendo para ganhar dinheiro e usando o dinheiro para sobreviver, e esquecemos de marcar cada um desses que recebemos a cada manhã.

Um artista não sai dali o mesmo de antes.

Dois poetas num banco.

Aqui você vê dois poetas, separados por mais de cem anos, ambos no início dos seus vinte anos.
Anderson Câmara e Casimiro de Abreu.

O Fio de Ariane

Musa poderosa
Moça formosa
Coração gentil
Pedra preciosa

Das complicações da mente
Tu me libertaste
Me guiando simplesmente
Como o fio de Ariadne
Que ao herói Teseu
do labirinto libertou.
A lã que tua beleza teceu
a poesia me ensinou.



Anderson Câmara 21/11/13

Musas

Segundo a mitologia grega, os poetas e artistas eram inspirados pelas musas; ninfas que serviam à deusa Ártemis, irmã de Apolo ( ou Febo ). Eram nove, e cada uma se encarregava de inspirar um tema, desde os versos de amor até as notas a se dedilhar.
Por isso este arrogante sempre achou redundância o termo "musa inspiradora".
Hoje em dia a musa é aquela que inspira o poeta, ou o modelo de beleza para um pintor, sendo a "inspiração" substituída integralmente por "musa", em alguns casos. Casimiro de Abreu, poeta que morreu no início da terceira década da vida, tinha como musa a saudade. Outros, mais fracos e menos nobres, como o editor desde blog, têm como musa uma graciosa moça contemporânea.

(Imagem: Wikipédia)

O que é Arco Voltaico, e o que tem a ver com o conteúdo que se apresenta ao leitor?




Arco voltaico é o fenômeno em que os elétrons se locomovem pelo ar para seguir o caminho da corrente elétrica, o raio das tempestades é um gigantesco arco voltaico entre o céu e a terra.

Mas a eletricidade, além de em fenômenos fascinantes e perigosos, além de utensílios que servem ao ser humano, corre em nosso corpo. Sinapses, nervos, músculos; Deus montou um complexo e eficiente circuito elétrico em nossa existência física. E é através deste circuito elétrico que nossos pensamentos se conectam, que o cérebro resgata memórias adormecidas, que a mente forma opiniões, organiza palavras com ou sem o consentimento da consciência, e assim surge a criatividade.
Um presente do Criador, frágil e valioso.
Seja bem vindo à galeria dos resultados de meus arcos voltaicos.